Para os Cirurgiões-Dentistas, a luz azul representa uma ferramenta, clinicamente, muito importante. Desde meados dos anos 1970, que é, através dessa porção fotônica na faixa espectral de 470 +- 20nm, que os materiais resinosos restauradores e cimentantes têm sido fotopolimerizados, permitindo uma manipulação mais facilitada nos procedimentos clínicos de dentisteria.
Com o surgimento da Harmonização Orofacial (HOF), mas também, com o estabelecimento da Fotobiomodulação nos procedimentos faciais em outras áreas da saúde e bem-estar, a luz azul conquistou seu lugar nos protocolos para tratamentos das disfunções tegumentares (faciais, corporais, podais e capilares).
O uso da luz azul em procedimentos de HOF tem sido um tanto controverso. É fato que é eficiente em descontaminar as camadas superficiais da pele e promover sua proteção, mas que, na mesma magnitude, pode causar a morte de fibroblastos e estimular, fortemente, os melanócitos na deposição desequilibrada de melanina a nível de derme.
Mas onde estaria a diferença limitante em contribuir para a saúde e destruir células importantes? A resposta está na Dosimetria. A interação da luz azul, seja laser ou LED, com a pele e mucosa é dependente da densidade de energia [J/cm2] e da irradiância [W/cm2]. Valores baixos e moderados podem levar a estímulos interessantes para melhorar a resposta imune e para acelerar o metabolismo tissular; valores elevados podem comprometer a funcionalidade do sistema podendo levar a destruição até dos antioxidantes naturais da pele.
Fotoabsorção
Seguindo a 1ª. Lei da Fotobiologia, para que a luz depositada no tecido-alvo, tenha efeito biológico, ela precisa ser absorvida, portanto, segundo Sadowska, Narbutt, Lesiak (2021), a luz azul tem várias vias de absorção através de diferentes cromóforos. Os cromóforos são as moléculas que absorvem luz e estão presentes em diferentes tecidos do corpo humano, porém, considerando as aplicações dentro da HOF, é importante citar e descrever aqueles cromóforos que constituem a pele facial e do pescoço. Os cromóforos que absorvem a luz azul e estão no tecido tegumentar da face e pescoço são: ácidos nucleicos endógenos, também aminoácidos aromáticos, triptofano, tirosina, NADPH, citocromos, riboflavinas, portifinas e, não apenas a melanina, como seus precursores tais como a protoporfirina IX, bilirrubina, hemoflobina, beta caroteno e, por fim, as moléculas de água.
É possível considerá-los como os principais e mais importantes cromóforos da luz azul, as opsinas, flavinas, porfirinas e proteínas nitrosadas. Assim, é possível que a luz azul possa influenciar a função mitocondrial, por meio do citocromo c-oxidase, que é o complexo IV da cadeia de transporte de elétrons, encontrado na membrana mitocondrial (Serrage, Heiskanen, Palin et al.; 2019). Dungel et al. demonstraram que a luz azul, 430nm, reativa a função respiratória mitocondrial após inibição com NO (Dungel, Mittermayr, Haindl et al; 2008).
O papel das opsinas (OPNs) (que são receptores da proteína G) também é investigado, pois são ativadas pela luz azul. O receptor de opsina é possivelmente excitado pela luz azul, estimulando os canais potenciais do receptor transiente e, em seguida, causando uma inundação de cálcio, que desencadeia a proteína quinase-II dependente de cálcio / calmodulina (CAMKII) e no final causa alterações na transcrição do gene (Dungel, Mittermayr, Haindl et al, 2008). OPN2 e OPN3 foram expressas não apenas na pele, mas também no folículo capilar anágeno. O papel de Opsin também foi investigado na modulação da pigmentação e melanogênese, mas apenas na pele de Fitzpatrick tipo III e/ou superior. Verificou-se que a luz azul afeta os melanócitos diretamente e através do OPN3 afeta a melanogênese, que é dependente de cálcio. A luz azul pode causar estimulação da tirosinase em melanócitos do fototipo alto, por meio da estimulação da tirosinase multimérica (Regazzetti, Sormani, Debayle et al.; 2018), daí a importância em evitar altas doses de luz azul em pacientes com tendência a manchamentos.
Outro mecanismo potencial da luz azul inclui a ativação de flavinas e flavoproteínas, pois, quando expostas à irradiação, podem aumentar a formação de espécies reativas de oxigênio (ROS) em até duas vezes (Yang, Chang, Chen; 2017). Em várias células, proteínas que contêm flavinas podem ser encontradas (Garza, Born, Hilbers et al.; 2019), uma delas se constitui nos criptocromos (Buscone, Mardaryev, Westgate et al.; 2021). Outros fotorreceptores de luz azul são as porfirinas; as enzimas que contêm porfirinas estão presentes em muitas células, como eritrócitos (hemoglobina), nas bactéricas formadoras de lesões acneicas, enzimas do citocromo p-450 e em complexos da cadeia de transporte de elétrons. A irradiação de luz azul pode promover uma excitação dessas porfirinas levando também à formação de ROS (Garza, Born, Hilbers et al.; 2019) e, dependendo da dose, a morte dessas células.
Indicações Clínicas
Considerando o uso da luz azul na HOF e em procedimentos estéticos capilares, podais e corporais, é possível sugerir as seguintes indicações clínicas:
1 – Fotoativação de biomateriais antimicrobianos (terapia fotodinâmina antimicrobiana – TFDa), fotoativando ativos fotossensibilizadores na faixa espectral azul (curcumina, por exemplo) (Hirose, Yoshida, Horii et al.; 2020; Gonçalves, da Mota, Deana et al.; 2020; Rupel, Zupin, Brich et al.; 2021);
2 – Ação descontaminante e bactericida para microrganismos que promovem lesões acneicas (Propionybacterium acne) e infecções de feridas cutâneas (Staphylococcus aureus), mas sem necessidade da presença de ativo fotossensibilizador, pois a própria porfirina sintetizada pelas bactérias serão os cromóforos (Dai et al.; 2012; Ashkenazi et al.; 2003; Boyd, Lewis, Mohammed; 2019);
3 – Ação hidradante da epiderme, através do mecanismo de oclusão (Lizarelli et al.; 2015; Avola et al.;2018);
4 – Aceleração da migração e decomposição dos queratinócitos (através da absorção pelas opsinas presentes na membra celular), melhorando a resistência da barreira cutânea (Menezes et al.; 2015; Castellano-Pellicena et al.; 2018);
5 – Aceleração do metabolismo para cicatrização tecidual empregando baixas doses (Lavi et al.; 2012);
6 – Fotomodulação das células dendríticas imaturas e maduras (Langerhans) da pele, estimulando fortemente o sistema imunológico, localmente e nas cadeias linfonodais (Carvalho-Costa et al.; 2017);
7 – Prevenção e redução na formação de fibrose do tecido, diminuindo a probabilidade de que a cicatriz resulte em uma cicatriz hipertrófica ou queloidiana (Chang et al.; 2019; Rossi, Magni, Tatini et al.; 2021);
8 – Fotomodulação antinflamatória e antiproliferativa para doenças de pele hiperproliferativas, tais como, eczemas, psoríase, dermatite atópica e inflamatórias crônicas (Sadowska, Narbutt, Lesiak; 2021).
Equipamento Indicado – Vênus (MMO)
O equipamento indicado para uso na HOF e que apresenta uma manopla com LED emitindo na faixa espectral azul é o Vênus, da MMOptics (São Carlos, SP, Brasil) (Fig. 1). A Manopla Esquerda: traz 2 diodos lasers vermelhos que emitem no comprimento de onda de 660nm, com potência óptica de 100mW cada diodo, modo de operação contínuo (CW); também traz 3 diodos LEDs que emitem na faixa espectral de 460+/-10nm, ou seja, azul, com potência óptica de 150mW cada diodo LED, modo de operação contínuo (CW). Quando são preparados para emissão, entregam 450mW ou 0,45W e 4,5J de Energia Total a cada 10 segundos no tecido-alvo. Essa manopla emite apenas 2 comprimentos de onda: vermelho e azul, mas a combinação de ambas, somando suas características terapêuticas, resultam na percepção visual da luz púrpura (50% de vermelho + 50% de azul). Na Luz Púrpura (LED azul + Laser Vermelho) são entregues 6,5J de Energia Total em 10 segundos.
Obviamente, para o uso adequado clínico de qualquer fonte de luz, e não seria diferente para a Luz Azul, é essencial conhecer a Dosimetria mais indicada para cada situação clínica.
Figura 1 – Equipamento Vênus (MMOptics, São Carlos, SP, Brasil) (a); e, manopla esquerda com visão dos diodos lasers e LEDs (b) (Arquivo pessoal da autora).
Dessa forma, uma tabela para consulta rápida é apresentada abaixo, a saber:
Tabela para consulta clínica rápida, considerando uma manopla com 3 diodos LEDs emitindo na faixa espectral azul (460 +-10nm), com 150mW de potência cada (total de 450mW), irradiância total de 47,4 mW/cm2, entregues numa área de 9,5 cm2 (área da ponta acrílica que fica em contato com o tecido tegumentar), num regime de operação contínuo:
Protocolos Sugeridos
Alguns protocolos clínicos orofaciais sugeridos para serem realizados com a manopla esquerda do equipamento Vênus (MMOptics):
1 – Descontaminação/Detox sem fotossensibilizadores
Situação clínica: peles acneicas ativas ou não, lipícas e mistas, pós-extração de comedões (limpeza de pele);
Número de sessões: de 1 a 2, dependendo do perfil do paciente;
Sequência operatória:
- – Consentimento Livre e Esclarecido;
- – Suplementação e Prescrição dos cuidados caseiros;
- – Higienização com gaze embebida em Água Micelar;
- – Proteção ocular (óculos concha e opcional colocar rodela de algodão embebida em soro fisiológico entre os óculos e os olhos);
- – LED Azul 60 segundos, 27J, puntual por área, em contato e parado, cobrindo toda a face e pescoço (evitar irradiar a glândula tireoide) – descontaminação e estímulo para sistema imunológico (Fig. 2);
- – Máscara “Detox” (a base de carvão ativado ou Argila Verde com água termal);
- – Remoção da máscara com gaze umedecida em soro fisiológico;
- – Aplicação de serum antioxidante ou antiglicante (Ex: chá verde); e,
- – Filtro solar gel-creme FPS 30 e PPD 10.
Figura 2 – Tela parametrizada para irradiação “detox” com LED azul no equipamento Vênus (MMOptics, São Carlos, SP, Brasil) (a); e, posicionamento facial durante a irradiação (b) (Arquivo pessoal da autora).
2 – Hidratação fotônica tegumentar
Situação clínica: peles desidratadas e envelhecidas;
Número de sessões: de 1 a 2, dependendo do perfil do paciente;
Sequência operatória:
- – Consentimento Livre e Esclarecido;
- – Suplementação e Prescrição dos cuidados caseiros;
- – Higienização com sabonete líquido a base de ácido glicólico 10%;
- – Proteção ocular (óculos concha e opcional colocar rodela de algodão embebida em soro fisiológico entre os óculos e os olhos);
- – LED Azul 18 a 36J (40 – 80s), dependendo do fototipo, alto ou baixo – aplicação puntual por área em contato e parado – ativação das opsinas e aquaporinas das membranas celulares dos queratinócitos;
- – Máscara hidratante por 20 minutos e remove; e,
- – Aplicação de serum hidratante e Filtro solar gel-creme FPS 30 e PPD 10.
3 – Terapia fotodinâmica com fotossensibilizador a base de curcumina
Situação clínica: peles contaminadas, envelhecidas e manchadas
Número de sessões: de 3 a 10 sessões e reavaliar
Sequência operatória:
- – Consentimento Livre e Esclarecido;
- – Suplementação e Prescrição dos cuidados caseiros;
- – Higienização com sabonete líquido a base de gluconolactona 10%;
- – Proteção ocular (óculos concha e opcional colocar rodela de algodão embebida em soro fisiológico entre os óculos e os olhos);
- – Aplicação gel a base de curcumina 1,5% (com ou sem “blend” de ácidos associado) e aguardar 10 minutos;
- – Irradiação com LED Azul 2 minutos (54J) puntuando por área, em contato com o gel;
- – Remoção o gel com gaze umedecida em soro fisiológico; e,
- – Aplicação serum secativo e Filtro solar FPS 30 e PPD10.
4 – Modulação preventiva na formação de fibrose tissular
Situação clínica: pacientes com tendência a formação de cicatrizes hipertróficas;
Número de sessões: 3 a 6 sessões, sendo 3 sessões semanais imediatamente após o trauma ou procedimento invasivo;
Sequência operatória:
- – Consentimento Livre e Esclarecido;
- – Suplementação e Prescrição dos cuidados caseiros;
- – Higienização com sabonete líquido a base de ácido glicólico 10%;
- – Proteção ocular (óculos concha e opcional colocar rodela de algodão embebida em soro fisiológico entre os óculos e os olhos);
- – LED Azul 72J (160s ou 2 minutos e 40 segundos) – aplicação puntual na ferida em contato e parado – modulação da atividade fibroblástica; e,
- – Aplicação de serum nutritivo e Filtro solar gel-creme FPS 30 e PPD 10.
É fato que, cada paciente, em cada sessão e para cada enfermidade, deve ser avaliado e reavaliado, uma vez que a fisiologia humana é dependente de fatores individuais. Dessa forma, os protocolos, aqui sugeridos, podem requerer adequações personalizadas, porém, estão embasados nos estudos científicos publicados e na minha experiência clínica com a biofotônica há 27 anos.
Resta salientar que, a “luz azul” discutida aqui trata-se de uma luz emitida a partir de diodos LEDs, com potências baixas e moderadas, com o objetivo terapêutico. Não tratamos, aqui, da “luz azul de monitores celulares, computadores e TVs”, muito divulgada nas mídias, quando tratam de uma porção de todas os comprimentos de onda emitidos e que, de fato, por serem absorvidas por longo tempo (altas doses) podem levar a distúrbios celulares importantes, inclusive cerebrais.
Conclusão
Em conclusão, a luz azul, mais difundida em manoplas com LEDs azuis emitindo na faixa de 450nm, pode contribuir em muitas situações clínicas presentes na HOF e nos tratamentos estéticos além da face e da cavidade oral. Para seu melhor emprego preventivo e curativo, basta conhecer a dosimetria e manter-se atualizado com as pesquisas mais recentes.
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Dra. Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli
Cirurgiã-Dentista
Consultora Científica da MMO
Fonte:https://mmo.com.br/as-possibilidades-terapeuticas-da-luz-azul/!#